Ser Universitario
 

'É bom poder viver em diferentes âmbitos acadêmicos', diz intercambista

22/08/2011 - 12:00h

Entrevista

Bethania Guerra de Lemos, de 33 anos, é doutora em Letras Neolatinas, leciona língua portuguesa e espanhola, é tradutora e acaba de publicar a obra Cuentos de Madurez (Ed. Pretextos) ? 30 contos de Machado de Assis, em espanhol, com Juan Bautista Rodríguez. Há cinco anos vive em Madri, capital espanhola. Quando morava no Brasil, ela lembra que precisava trabalhar para custear seus estudos e diz que as bolsas eram a única forma de se fazer um curso no exterior.

Por que estudar no exterior?

Como minha trajetória acadêmica e profissional sempre esteve orientada na direção da língua espanhola e das literaturas hispânicas, a ideia de estudar em algum país hispano-falante sempre esteve presente. A possibilidade de Estudar Fora passava pela necessidade de conseguir bolsas de estudo e essa batalha, com muita luta, deu resultados positivos.

Como encontrou as bolsas?

A primeira bolsa que tive foi em uma época em que o acesso à internet não era tão fácil como agora. A divulgação era feita nos murais dos consulados e por alguns Professores da minha universidade. As outras foram por meio da rede, dos sites. Para a Espanha, recomendo os sites do Ministério de Assuntos Exteriores (www.becasmae.es) e Fundación Carolina (www.fundacioncarolina.es). A Fundação Ford oferece bolsas da graduação à pós. Além disso, as redes sociais, como Orkut e Facebook, cumprem um papel importante na divulgação das vagas e no contato entre bolsistas, ex-bolsistas e candidatos.

Que dicas você dá para quem quer estudar no exterior?

Sair é importante, mas não porque aqui não exista um bom nível. É bom poder viver em diferentes âmbitos acadêmicos, gerar redes de saber e de pesquisa. Ser um bom aluno e ter boas notas é fundamental para concorrer às bolsas. Além disso, é preciso construir uma trajetória que vá além da sala de aula ainda no Brasil. Com relação à solicitação das bolsas, é importante preparar bem os pedidos, formulários, cartas de recomendação. Se há requisito de algum idioma, é necessário preparar-se bem nesse aspecto e não achar que pode ?se virar? na hora da entrevista. Levar tudo muito a sério é fundamental.





Fonte: Estadão



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