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Startups geram negócio atrelando tecnologia à educação

15/12/2018 - 04:13h

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De acordo com Associação Brasileira de Startups, as chamadas edtechs têm sido o principal motor de novos negócios entre as empresas em Estágio inicial no Brasil 

Mesclar tecnologia e educação para gerar novos negócios para empresas e consumidores. É com essa pegada que startups tem apostado em inovar na busca de atingir diferentes públicos, sejam estudantes, profissionais e outras companhias. Empreendedores acreditam que a falta de capacitação, somada à própria deficiência da educação no País, permitem crescimento de iniciativas na área.

Uma dessas startups é a Wall Jobs. Fundada pelo empreendedor Henrique Calandra, em 2015, a ideia é conectar por meio da tecnologia empresas e profissionais com foco em vagas de estágio, trainee e Empregos efetivos entry level. "“Nosso intuito é mudar a realidade do primeiro Emprego. Não quero que os jovens passem pelas mesmas frustrações as quais eu vivi em busca de uma colocação no mercado”, afirma conta ele.

A plataforma é totalmente gratuita para os candidatos e soluciona os principais dilemas de quem está estudando: ter acesso a vagas exclusivas e receber orientações para se destacar nas empresas. Ao mesmo tempo, a startup desenvolveu um sistema de recrutamento e seleção de estagiários que humaniza o processo seletivo. Com três anos de existência, a Wall Jobs possui mais de 2 milhões de usuários, sendo 350 mil ativos; 2 mil empresas cadastradas; e 350 Universidades conveniadas e um aumento de 70% nas vagas oferecidas, em relação ao primeiro semestre de 2017.

Startups como a de Calandra, que atrelam tecnologia ao segmento de educação, estão em pleno crescimento. Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups) em parceria com o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb) coloca a educação como principal negócio no segmento de startups no Brasil. Das quase 6 mil empresas de tecnologia em atividade no país, 7,8% (364) são edtechs. A participação é superior a categorias como fintechs (3%), de serviços financeiros, e agtechs (3,1%), de agronegócio.

“As edtechs são a bola da vez em 2019. Outras áreas já tiveram um crescimento acentuado nos últimos anos. Agora, o mercado olha para as empresas deste setor como uma oportunidade de negócio em ascensão e também com propósito”, afirma Fabio Ivatiuk, CEO da Beetools.

Ivatiuk é um desses empreendedores que apostam no poder da educação e tecnologia. Conhecida como smart school, a Beetools utiliza recursos como Realidade Virtual, Gamificação, Inteligência Artificial, Big Data, material digital, e ainda, metodologias ativas de ensino trabalhadas por um Professor presencial para auxiliar no aprendizado da língua inglesa. No mercado desde junho de 2018, a Beetools irá fechar o ano com 13 unidades abertas entre Paraná, Alagoas e São Paulo. Em 2019 espera abrir mais 35 unidades e atingir um faturamento de R$ 5 milhões.

Capacitação especializada

Aumentar a capacidade de entendimento em tecnologias específicas para criar novos negócios por meio da educação também tem sido alvo das empresas em estágio inicial. É dessa forma que a Semantix, startup especializada em soluções de Big Data, Internet das Coisas e Inteligência Artificial, que promover o conhecimento nessas tecnologias.

A startup lançou uma iniciativa conhecida como EduTech, que oferece diversos cursos ligados ao tema e visa capacitar os profissionais de tecnologia no país. "Apesar de muitas iniciativas de sucesso implementadas no Brasil, o conhecimento sobre tecnologias específicas ainda não é amplamente divulgado", afirma Leonardo Santos, cofundador da Semantix.

Além disso, a Semantix também está se aproximando de instituições de ensino. A startup possui laboratórios de dados em instituições como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap). A ideia é que pesquisadores e estudantes inovem e desenvolvam novas experiências com engenharia e ciência de dados em um ambiente colaborativo.


Fonte: All Jobs


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